Título: Resistir.
Em Fortaleza, capital do Ceará (Brasil), muitas famílias se encontram em situação de vulnerabilidade social. Por estarem desempregadas, homens e mulheres, jovens e adultos, responsáveis por seus núcleos familiares, não possuem residência própria e não têm condição de pagar aluguel mensalmente.
Uma das alternativas para elas é buscar abrigo e auxílio junto aos movimentos sociais que lutam pelo direito à moradia na cidade. Ocupando espaços ignorados pelo poder público e privado, esses movimentos buscam mostrar à sociedade, os efeitos causados pela desigualdade social, onde muitas pessoas não têm acesso as condições básicas, claramente expressas na Constituição brasileira e na Declaração Universal dos Direitos Humanos. Com atividades educacionais, debates abertos ao público, e também manifestações artísticas e culturais, essas organizações se dedicam à defesa dos direitos humanos, mesmo com poucos recursos e enfrentando muito preconceito. 
As fotografias deste trabalho intitulado Resistir, foram feitas entre os anos de 2017 e 2018, registrando o cotidiano dos espaços ocupados pelo movimento de luta por moradia "Gregório Bezerra". Durante esse período, o país enfrentou uma ideologia conservadora, consequência do golpe político sofrido pela presidenta Dilma Roussef, eleita legitimamente pelo povo brasileiro em 2014, e caçada ilegalmente (assista ao filme indicado ao Oscar "Democracia em Vertigem", 2019). Muitos dos programas de auxílio de renda e moradia, voltados para as pessoas mais necessitadas, como o programa "Minha Casa, Minha Vida", criado durante o governo da presidenta Dilma, sofreram drásticos cortes orçamentários, afetando a vida de milhões de pessoas.
Ainda hoje (2024), o acesso à moradia é um problema na cidade de Fortaleza. Além do alto índice de desemprego, o valor do salário mínimo no Brasil é insuficiente para garantir uma moradia digna e cobrir despesas básicas. A luta dos movimentos continua, em busca de uma maior conscientização e organização social, assim como um despertar pela compaixão e solidariedade entre as pessoas. 
Resist
In Fortaleza, capital of Ceara (Brazil), many families find themselves in a situation of social vulnerability. Because they are unemployed, men and women, young people and adults, responsible for their families, do not have their own residence and are unable to pay monthly rent.
One of the alternatives for them is to seek shelter and help from social movements fighting for the right to housing in the city. Occupying spaces ignored by public and private authorities, these movements fights to show to society the effects caused by social inequality, where many people do not have access to basic conditions, clearly expressed in the Brazilian Constitution and the Universal Declaration of Human Rights. With educational activities, debates open to the public, and also artistic and cultural presentations, these organizations are dedicated to defending human rights, even with few resources and facing prejudice.
 Resist is a photographic essay, taken between 2017 and 2018, registering the daily life of the spaces occupied by the "Gregorio Bezerra" social movement. During this period, the country defeated a conservative ideology, as consequence of the political coup suffered by President Dilma Roussef, legitimately elected by the Brazilian people in 2014, and illegally hunted (watch the Oscar-nominated film “Democracy in Vertigo”, 2019). Many of the income and housing assistance programs, aimed at people most in need, such as the "Minha Casa, Minha Vida" program, created during President Dilma's government, have suffered drastic budget cuts.
Even today (2024), access to housing is a problem in the city of Fortaleza. In addition to the high unemployment rate, the minimum wage in Brazil is insufficient to guarantee decent housing and cover basic expenses. The movements' struggle continues, in search of greater awareness and social organization, as well as an awakening of compassion and solidarity among people.
Back to Top